Com custo alto pros cofres públicos e inadimplência crescente — que bateu 53% em janeiro —, o Fies (Programa de Financiamento Estudantil) será totalmente revisto pelo governo. 32,dois bilhões, de acordo com informações obtidas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. O diagnóstico do rombo causado pelos benefícios não quitados necessita ser apresentado na próxima semana pelo MEC (Ministério da Educação).
Algumas regras de acesso e pagamento das mensalidades estão prometidas pra primeira quinzena de abril. A conta total acrescenta o funding (obtenção de recursos) das mensalidades pagas às universidades privadas, os subsídios que barateiam o preço repassado aos estudantes e as taxas pagas aos bancos que operacionalizam o programa. Pelo Fies, os estudantes do ensino superior têm cursos bancados pelo governo e começam a devolver o dinheiro emprestado, em prestações, um ano em meio depois do final do curso de graduação. No entanto a conta não tem fechado visto que mais da metade dos alunos formados está inadimplente.
Como o fundo garantidor com recursos das organizações de ensino só cobre até 10% dos calotes, os débitos restantes oneram ainda mais o orçamento federal. falando sobre mudanças no programa neste instante assustam estudantes. Eles alegam que, mesmo com o financiamento, a faculdade ainda custa caro, uma vez que é necessário obter livros e outros itens exigidos pelo cursos.
Vanessa Mendes da Silva, de 28 anos, aluna do 8.º semestre de Arquitetura e Urbanismo pela Uninove. Mesmo com o Fies, pra bancar o curso Renan Soares, de dezenove anos, faz estágio em marketing digital numa agência de publicidade. Ele é aluno do 3.º semestre de Publicidade. — Eu não trancaria o curso (com transformações), contudo seria um aperto. Desde o ano passado, o Ministério da Fazenda e o MEC já realizaram mais de trinta reuniões com representantes das universidades pra entrar a um novo modelo.
As transformações necessitam estreitar ainda mais o funil pra ingresso no programa. No ano passado, o Fies passou a ceder prioridade aos cursos com nota 4 e 5 nas áreas de saúde e tecnologia, além das licenciaturas. De acordo com o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), o número de financiamentos chega hoje a 2,441 milhões. página de leitura da FGV e presidente da Federação dos Professores de São Paulo, Celso Napolitano, mesmo quando o governo corrija as rotas do Fies, os calotes ao programa devem continuar em alta nos próximos anos.
No setor privado não se espera que o MEC apresente no segundo semestre aquela que seria a principal reforma em estudo, ao menos desde 2015: a de um programa de financiamento que combinasse incentivos do governo com funding privado. As principais mudanças esperadas, assim sendo, envolvem mudanças nos prazos de duração dos empréstimos, tempo de carência e contribuição das organizações privadas para o fundo garantidor, produzido pra ser um colchão pra inadimplência do programa.
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